quinta-feira, 31 de maio de 2012

"SAÚDE PÚBLICA" - Taxa de incidência de AIDS preocupa, mas trabalho prestado em Rondonópolis é referência


     Rondonópolis é um dos primeiros municípios brasileiros a criar programas específicos para combater a AIDS. Desde 1984, quando surgiu o primeiro caso na cidade – que também veio a ser o primeiro caso registrado em Mato Grosso, o município tem despontado como um dos mais atuantes no combate a doença, trabalhando a conscientização da população por meio de campanhas e atuando junto à população mais vulnerável por meio de ações realizadas nas unidades de saúde.

O Departamento de Ações Programáticas da Secretaria de Saúde mantém o Programa Municipal de DSTs / AIDS / Hepatites Virais, e por meio dele realiza a coleta de sangue em diversas unidades, para em seguida efetuar a triagem para o teste do HIV. 

As coletas são feitas no PSF da Vila Olinda, no Centro de Saúde São Francisco, Policlínica da Vila Operária, Centro de Saúde do Conjunto São José, PSF Luz D’ayara, Centro de Saúde Nossa Senhora do Amparo, PSF Jardim Europa e Centro de Saúde do Jardim Guanabara.

Em cinco destas unidades o resultado do teste é disponibilizado em 15 minutos. “Estamos oferecendo este serviço inicialmente apenas para grupos de risco, como profissionais do sexo, gestantes a partir do 4º mês, usuários de drogas – mas logo o serviço estará disponível para toda a população”, destaca a coordenadora Mariúva Valentim Chaves.

A técnica do programa Cristina Pereira da Silva explica que por meio do teste convencional o resultado sai em 10, 20 dias. “Com o diagnóstico rápido o paciente fica sabendo do resultado em 15 minutos”.

NÚMEROS

Um levantamento realizado no Ministério da Saúde em 2010 mostra que Rondonópolis está em 60º lugar entre os municípios com mais de 50 mil habitantes com as maiores taxas de incidência de AIDS: 31,2%. O número está bem acima da taxa de incidência brasileira, que é de 17,9% e da mato-grossense, de 17,4%.

O departamento explica que tais números se justificam principalmente por dois fatores principais. “O número de pessoas que passa por Rondonópolis é enorme, o trânsito de cidadãos que passam apenas uma noite, por conta do grande tráfego de caminhões que usam as rodovias que cortam a cidade, e a atração que Rondonópolis exerce em brasileiros de várias regiões, por ser um polo socioeconômico, contribui para o aumento do registro de casos da doença”, diz a técnica do Programa de DSTs, programa este que realiza, entre outros testes, o da sífilis e das hepatites virais.

REFERÊNCIA

Rondonópolis é referência no combate a AIDS para 18 municípios da região sul. Além de um programa específico voltado para o combate de doenças sexualmente transmissíveis, a cidade oferece, no Centro de Saúde do Jardim Guanabara, uma equipe especializada no tratamento destas doenças.

São quatro médicos, sendo um pediatra, um infectologista, um pneumologista e um ginecologista; uma psicóloga, dois farmacêuticos, dois dentistas, um enfermeiro e uma equipe técnica de apoio.
Para realizar o teste, procure a unidade de saúde mais próxima e agende a coleta. “Aconselhamos as pessoas a procurar os postos pela manhã, bem cedo”, diz Cristina.

Mais informações pelo telefone 3410-0213.

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