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Foto: Ailton Lima |
Ailton Lima
Medeiros repassou à reportagem, que realmente está
trabalhando as articulações políticas que possam dar sustentação ao seu projeto
de candidatura à Presidência do Senado da República, na eleição que deve
ocorrer em 1º de fevereiro próximo.
Na verdade o PMDB, partido de maior bancada no senado, com
19 senadores, prometia apresentar uma candidatura única, com o senador Eunício
Oliveira. Mas parte do PT, segunda maior bancada na casa com 10 senadores está
dividida entre apoiar a candidatura do peemedebista, o exigindo-se que se
respeite a tese da proporcionalidade para definir o posicionamento. A ala mais
radical do partido ainda se posta no discurso de que o impeachment teria sido
um golpe e, promete até apoiar uma candidatura de oposição.
Por conta disso, um grupo de senadores convidou o senador
Medeiros a colocar seu nome na disputa como uma terceira via, que teria inclusive,
o apoio do presidente Michel Temer.
Questionado sobre se a proximidade com o presidente poderia lhe
ajudar de alguma forma Medeiros externou: “olha eu creio que sim, porque a minha
candidatura, não é uma candidatura contra o governo. Na verdade a minha candidatura
é uma candidatura ‘pró-senado’, que vem de uma simbologia muito forte desse movimento
das ruas que exige um senado com mais transparência, mais participativo e
ligado com a sociedade, ouvindo o clamor da ruas, e que possa se postar diante
das demandas sem muitos abalos e conflitos, e, trabalhar muito próximo da
sociedade brasileira”, explicou.
O senador repassou que está confiante e vem mantendo contatos
com senadores do PMDB e colocando o seu nome para apreciação. Ele também tem visitado
pessoalmente parlamentares de outras siglas buscando apoio ao seu pleito.
Sobre o afastamento e o descaso da classe política quanto os
clamores da ruas, o senador repassou que caso consiga se eleger, faria tudo
diferente; e fez uma analogia: “olha o fim de todo político é quando ele perde
a sensibilidade com a realidade das ruas, porque aquele funcionário que está há
tanto tempo no emprego e começa a não ouvir as coisas que o patrão manda, ele está
próximo a perder o emprego! Então eu tenho as vezes ficado num grande dilema; o
que fazermos?, às vezes o regulamento está dizendo uma coisa, e as ruas estão pedindo
outra! Então eu fico sempre com as ruas, porque embora a empresa tenha suas
normas, seus regulamentos, mas quem manda é o patrão! O povo!” finaliza.