quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Decoração de Natal da Praça Brasil vira caso de polícia

Ilustração - Foto: Ailton Lima


Ailton Lima

O que deveria ser um instrumento de alegria, descontração e entretenimento para os visitantes e usuários da Praça Brasil, principal logradouro público localizado no Centro da cidade, está assumindo um contexto preocupante, já que pairam dúvidas sobre a legitimidade e legalidade da utilização da decoração e os enfeites e luminárias ali expostas.

É que um Boletim de Ocorrência policial registrado na 1ª DP de Rondonópolis, na última terça-feira (20), pelo empresário Ambrózio Aparecido Saturno Colnago, diretor da empresa: “Natal de Luz Decorações Natalinas e Festivas”, estabelecida à Rua Alvino Gomes Teixeira, nº 3187, bairro Parque Castelo Branco em Presidente Prudente (SP), alega que teria sido vitima de um furto ou utilização indevida, de seus materiais de iluminação e decoração, já anteriormente utilizados pela prefeitura municipal.

O fato é que o referido empresário já havia feito outros contratos de locação de materiais de decorações natalinas com a prefeitura, por três anos consecutivos. Como já era praxe, após as festas o empresário deixava o seu material armazenado nas dependências de uma empresa local, até a sua próxima utilização no ano seguinte.

No entanto, esta semana o empresário veio a Rondonópolis para participar da licitação para locação da Decoração de Natal, mas, estranhamente a sua empesa não foi aprovada e acabou ficando de fora do processo licitatório.

Mas, mais estranhamente ainda, foi ele (Ambrózio), descobrir que mesmo não tendo sido contemplado na licitação, seus materiais, equipamentos e figuras decorativas natalinas, estavam sendo utilizados na Praça Brasil, sem a sua autorização ou permissão, e sem a devida compensação financeira. Por isso ele procurou a polícia e registrou o Boletim de furto.

Ainda de acordo com a denuncia registrada no BO, na delegacia, o empresário afirma que seus materiais e equipamentos estavam sendo instalados por uma  empresa de propriedade de ‘Célio Correa e outros’, que teria sido contratada pela prefeitura municipal.

Ainda conforme as declarações do empresário e constantes do ‘BO’, ele teria deixado seus materiais e equipamento guardados num depósito da empresa “Rondoaço”, mas, ainda não teria ido até a empresa, para saber como seus pertences teriam sido retirados de lá, já que não teria deixado nenhuma autorização a quem quer que fosse para retirá-los ou utilizá-los sem a sua expressa autorização ou permissão.

Segundo informações veiculadas nas redes sociais, o suposto contrato de decoração natalina este ano teria custado aos cofres públicos, algo em torno de R$ 240 mil, enquanto que a locação dos materiais ficaria apenas em torno de R$ 2,5 mil.

A reportagem está mantendo contatos na administração municipal para conseguir uma cópia do contrato de decoração da praça, para confirmar ou não as informações que circulam pelas redes sociais. Mas, o fato é que existe essa denúncia registrada na Polícia dando conta de eventuais irregularidade envolvendo a Decoração de Natal da Praça Brasil.

Ilustração- Foto; Ailton Lima


O pior de tudo isso é que apesar dessa história toda, a decoração  da praça está bem pobre e deixando a desejar, na verdade, bem menos atrativa como em anos anteriores.

A reportagem tentou manter contato com o empresário Célio Correa, para ouvir sua versão sobre os fatos, mas não conseguiu. Com a palavra as autoridades.


Segue cópia do BO registrado pelo empresário Ambrózio, na 1ª DP.