Ilustração - Foto: Ailton Lima |
Ailton Lima
O que deveria ser um instrumento de alegria, descontração e
entretenimento para os visitantes e usuários da Praça Brasil, principal
logradouro público localizado no Centro da cidade, está assumindo um contexto
preocupante, já que pairam dúvidas sobre a legitimidade e legalidade da
utilização da decoração e os enfeites e luminárias ali expostas.
É que um Boletim de Ocorrência policial registrado na 1ª DP
de Rondonópolis, na última terça-feira (20), pelo empresário Ambrózio Aparecido
Saturno Colnago, diretor da empresa: “Natal de Luz Decorações Natalinas e Festivas”,
estabelecida à Rua Alvino Gomes Teixeira, nº 3187, bairro Parque Castelo Branco
em Presidente Prudente (SP), alega que teria sido vitima de um furto ou
utilização indevida, de seus materiais de iluminação e decoração, já anteriormente
utilizados pela prefeitura municipal.
O fato é que o referido empresário já havia feito outros
contratos de locação de materiais de decorações natalinas com a prefeitura, por
três anos consecutivos. Como já era praxe, após as festas o empresário deixava
o seu material armazenado nas dependências de uma empresa local, até a sua próxima
utilização no ano seguinte.
No entanto, esta semana o empresário veio a Rondonópolis
para participar da licitação para locação da Decoração de Natal, mas, estranhamente
a sua empesa não foi aprovada e acabou ficando de fora do processo licitatório.
Mas, mais estranhamente ainda, foi ele (Ambrózio), descobrir
que mesmo não tendo sido contemplado na licitação, seus materiais, equipamentos
e figuras decorativas natalinas, estavam sendo utilizados na Praça Brasil, sem
a sua autorização ou permissão, e sem a devida compensação financeira. Por isso
ele procurou a polícia e registrou o Boletim de furto.
Ainda de acordo com a denuncia registrada no BO, na
delegacia, o empresário afirma que seus materiais e equipamentos estavam sendo
instalados por uma empresa de
propriedade de ‘Célio Correa e outros’, que teria sido contratada pela prefeitura
municipal.
Ainda conforme as declarações do empresário e constantes do ‘BO’,
ele teria deixado seus materiais e equipamento guardados num depósito da
empresa “Rondoaço”, mas, ainda não teria ido até a empresa, para saber como
seus pertences teriam sido retirados de lá, já que não teria deixado nenhuma
autorização a quem quer que fosse para retirá-los ou utilizá-los sem a sua expressa
autorização ou permissão.
Segundo informações veiculadas nas redes sociais, o suposto contrato
de decoração natalina este ano teria custado aos cofres públicos, algo em torno
de R$ 240 mil, enquanto que a locação dos materiais ficaria apenas em torno de
R$ 2,5 mil.
A reportagem está mantendo contatos na administração
municipal para conseguir uma cópia do contrato de decoração da praça, para confirmar
ou não as informações que circulam pelas redes sociais. Mas, o fato é que existe
essa denúncia registrada na Polícia dando conta de eventuais irregularidade
envolvendo a Decoração de Natal da Praça Brasil.
Ilustração- Foto; Ailton Lima |
O pior de tudo isso é que apesar dessa história toda, a decoração
da praça está bem pobre e deixando a
desejar, na verdade, bem menos atrativa como em anos anteriores.
A reportagem tentou manter contato com o empresário Célio
Correa, para ouvir sua versão sobre os fatos, mas não conseguiu. Com a palavra as autoridades.
Segue cópia do BO registrado pelo empresário Ambrózio, na 1ª
DP.