Ailton Lima
O vereador Dr. Orestes Miraglia (SD) prestigiou e participou
da penúltima oficina comunitária que está discutindo e debatendo nas comunidades
as principais demandas da população que serão inseridas nessa fase da revisão/atualização
do novo Plano Diretor de Desenvolvimento da cidade que deverá ser apresentado na
Câmara para votação e aprovação até o final do mês de outubro.
De acordo com os técnicos da empresa Urbaniza que está efetuando
os estudos técnicos: arquitetos mediadores das oficinas, Angélica Dantas e
Geraldo Moura, até a noite de ontem (28), pelo menos 350 pessoas de 18
comunidades já haviam participado das oficinas, o que segundo eles, é um numero
significativo, porque eram pessoas das próprias comunidades e líderes
comunitários lutando por seus direitos, e apresentando demandas que deverão nortear
os trabalhos e os investimentos públicos estratégicos das futuras gestões nos próximos
10 a 20 anos.
Ainda conforme os mediadores, respostas para as questões:
Quais
são os principais problemas a serem enfrentados?; Quais são as potencialidades
que devem ser utilizadas para a construção de uma cidade sustentável e
democrática? E, O que precisa ser feito para alcançar a cidade desejada?,
deverão ser encontradas nessas audiências e oficinas de debates com a sociedade
e a população.
O vereador e advogado Orestes Miraglia, que tem se postado sempre
como um parceiro nas demandas advindas das comunidades, elogiou o trabalho do
Ministério Público na pessoa do Promotor de Justiça Marcelo Vachianno pelo seu
empenho em fazer acontecer essa revisão tão importante do Plano Diretor, que ao
final de sua concepção deverá ordenar e orientar os investimentos públicos, visando
a melhor qualidade de vida e cidadania para a população de Rondonópolis.
O vereador ainda parabenizou o prefeito Zé Carlos do Pátio
(SD) pelo desprendimento em assumir essa luta que vai beneficiar a cidade e
seus moradores nas próximas décadas e ainda, aos seus pares da Câmara Municipal
pelo empenho e participação ativa no processo junto às comunidades.
Os mediadores adotaram uma estratégia de trabalho bastante interessante
durante as ‘oficinas de leitura comunitárias’, estabelecendo três questões
básicas para serem respondidas de forma objetiva pelos participantes de cada comunidade.
A primeira questão era: “Na sua Opinião qual o principal Problema de Rondonópolis?”.
A segunda pergunta era: “Qual o principal problema do seu
bairro?”, e a terceira: “Na sua opinião qual a característica que hoje
Rondonópolis já possui e que precisa continuar?”.
Para responder estas questões os presentes eram divididos em
dois grupos distintos, e em salas separadas, onde na presença de um dos
mediadores, respondiam as perguntas de forma objetiva. As respostas
convergentes eram elevadas a uma nuvem de aproximação de contexto e ao final de
cada pergunta.
Ao final da reunião dos dois grupos, três respostas para cada
pergunta apresentada, e consideradas por consenso dos participantes, eram
eleitas para constar como proposta do bairro para as questões debatidas.
De posse destas informações devidamente tabuladas, os
técnicos irão estabelecer os pontos de convergência de temas e demandas colhidas
ao longo das 19 oficinas comunitárias, e estabelecer um diagnóstico das
principais necessidades de investimento e demandas de cada comunidade e inseri-las
na proposta do Plano Diretor.
Todavia, entre as respostas apresentadas, uma em si
praticamente resumiu toda a problemática identificada pelas comunidades como
causadora das suas dificuldades e problemas: seria a falta de planejamento e
gestão por parte do poder público! Esse fator em si, na opinião da maioria, seria
o principal responsável pelas mazelas cometidas pelas administrações passadas,
ao construir obras de má qualidade, sem efetividade, e o pior: sem a devida consulta
popular de sua necessidade.
Como era de se esperar, problemas como: saúde, transporte público,
saneamento básico e segurança, estiveram no topo das demandas apresentadas
pelas comunidades.
Todavia, essa parte de ‘consulta popular’ relativa às 19 oficinas
comunitárias de leitura terminam nesse sábado (29), na ultima reunião na Escola
Estadual Lucas Pacheco de Camargo no Jardim Vera Cruz. Os próximos passos serão
as audiências públicas com a participação direta da sociedade organizada,
autoridades públicas e a população.