Um caso bastante intrigante foi registrado no final da noite
de ontem (5), por volta das 23h30, quando um telefonema anônimo ao 190 da PM
dava conta de um corpo sem vida caído às margens da rodovia MT-130, nas
proximidades da Penitenciária Regional da Mata Grande.
Segundo as primeiras informações, o corpo tratava-se de
Cleiton Oliveira de Souza, aparentemente com 16 anos, recém-saído do anexo da Mata
Grande, para onde teria ido de forma irregular no dia 15 de fevereiro último,
após ter sido detido acusado de atirar contra um caminhoneiro, supostamente
após uma discussão de trânsito.
Ocorre que no dia da prisão, o rapaz não portava documentos,
e por alguma razão ainda não esclarecida, mesmo sendo menor de idade, ele
acabou sendo autuado pela prática de crime de tentativa de homicídio e foi
encaminhado à Cadeia Publica anexa à Mata Grande.
O corpo acabou sendo identificado, porque ao lado do mesmo
havia uma sacola plástica contendo um alvará de soltura expedido pelo juízo de
direito, João Tiago de França Guerra, em favor de Cleiton Oliveira de Souza,
nascido em Rondonópolis em 05/10/1994, portanto 18 anos de idade datado de
ontem (05/03/13).
Ocorre que a família
contesta a prisão do rapaz, alegando que o mesmo teria apenas 16 anos e não
poderia ter sido preso na Cadeia Pública junto com adultos, maiores de idade.
Hoje pela manhã familiares estavam abalados com a notícia da
execução do rapaz que foi encontrado sem vida com ferimentos de disparos de
arma de fogo na cabeça.
Segundo consta no BO da PM, o rapaz teria sido liberado da
cadeia por volta das 20h30 e saiu à pé pela rodovia sentido centro da cidade.
Cerca de 1 km após ter deixado o presídio, ele provavelmente foi emboscado e
executado com tiros na cabeça.
O corpo só foi localizado por volta das 23h30.
Familiares foram até a penitenciária para resgata-lo e estranharam
o fato do rapaz ter sido liberado e não o terem encontrado. Eles descobriram
horas depois que o jovem havia sido assassinado a tiros e o corpo estava caído
às margens da rodovia.
Quando foram busca-lo na cadeia, após as 20h30, os
familiares provavelmente passaram pelo corpo na estrada e não viram.
Na verdade esse caso está envolto em muito mistério e muita
coisa precisa ser devidamente explicada, a começar por esta prisão irregular,
já que o rapaz aparentemente era menor de idade.
O fato intrigante nisso tudo é que normalmente a pessoa
presa em alguma situação faz de tudo para se declarar menor de idade,
justamente para escapar da punição e nesse caso, ao que tudo indica, não foi o
que aconteceu.
As investigações deverão apontar a verdadeira circunstância
dos fatos e as devidas responsabilidades pelo “engano” de ter mandado um menor
para cadeia junto com maiores, quem teria interesse em vê-lo morto, quem o
assassinou e porquê.