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Os presos Ângelo Bernardino de Mendonça, 33, Alberto Inocêncio, 35, Wagner Santos, 33, e Daniel Fernandes dos Reis, 43, conhecido como “Jacaré” são apontados como integrantes da quadrilha. O acusado Wendell de Souza Girotto, 32, está foragido.
O terreno foi invadido há cerca de um ano por “sem tetos”, que querendo regular a situação da moradia, caiam no golpe da quadrilha. As investigações iniciaram após o registro da ocorrência por algumas vítimas que desconfiaram do golpe.
O acusado Wendell era presidente da Associação Treze de Outubro, que incentivou a invasão do terreno pelos “sem tetos”. Segundo as vítimas, o acusado passou a ameaçar os moradores faziam questionamentos a respeito da legalidade dos lotes.
No golpe, o advogado Ângelo se passava por proprietário do terreno e contava com a ajuda de Wendell, que tinha a confiança dos assentados, para convencer as vítimas a adquirirem os lotes. O engenheiro agrônomo, Alberto fazia a demarcação do terreno e os acusados Wagner e Daniel ficavam responsáveis pela comercialização dos lotes.
Os lotes eram vendidos por R$ 9,5 mil, divididos em até 36 vezes, através da empresa “Impactos Empreendimentos”, instalada no escritório do advogado. Segundo o delegado da DERF, Claudinei Souza Lopes, somente na primeira reunião feita com os assentados, os acusados arrecadaram mais de R$ 200 mil.
“As parcelas mensais geravam um lucro de cerca de R$ 100 mil a quadrilha”, explicou o delegado.
Em buscas no escritório de Ângelo, foram apreendidos computadores e documentos da empresa, além de duas armas de fogo sem registro e cinco munições calibre 765, de uso restrito.
De acordo com Lopes, outras vítimas ainda serão ouvidas para a conclusão do inquérito.
Participaram da operação as equipes da DERF, Divisão de Delitos Gerais (DGL), e Divisão de Crimes Contra a Pessoa (DCCP), coordenados pelos delegados da DERF, Claudinei Souza Lopes e Gustavo Belão.
Fonte:Assessoria/PJC-MT