quinta-feira, 9 de maio de 2013

"OPERAÇÃO LARANJA LIMA" - PF apreende notas falsas na casa de policial em operação do INSS em MT

Foto: Reprodução/TVCA

  Policiais federais apreenderam cerca de R$ 600 em notas falsificadas e vários documentos, entre eles RGs e carteiras de trabalho, na residência de um policial militar, em Cuiabá, durante a Operação 'Laranja Lima', deflagrada nesta quinta-feira (9) contra fraudes na concessão de pensões no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A apreensão ocorreu em cumprimento a um mandado de busca e apreensão e condução coercitiva do policial. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal em Cuiabá.

   De acordo com a PF, a suspeita é de que o policial fosse um dos líderes do esquema que conseguia o benefício por meio da apresentação de documentos falsos e fazia saques fraudulentos. Tanto que supostamente esses documentos seriam utilizados para a prática do golpe. A polícia pediu a prisão do soldado, mas a Justiça negou e determinou somente a condução dele à Delegacia para prestar esclarecimentos. Agora, ele deve autuado em flagrante por conta do dinheiro falso. 

   Por causa da acusação que pesa contra o policial, a Corregedoria da PM de Mato Grosso acompanhou o cumprimento dos mandados na casa dele. Os documentos foram apreendidos e levados pela PF. Também foram cumpridos mandados em Várzea Grande, região metropolitana da capital, e em Alto Paraguai, a 219 quilômetros de Cuiabá.

   O corregedor-geral da PM, coronel Alexander Maia, informou que a instituição irá aguardar o resultado das investigações para então decidir pela expulsão ou não do policial. "Vamos aguardar o desenrolar das investigações e se for constatada a participação do policial militar iremos tomar as medidas com base no inquérito da Polícia Federal", afirmou.
No decorrer das investigações, foram identificadas irregularidades em pelo menos oito pensões concedidas por morte e a previsão é de que o prejuízo causado ultrapasse o montante de R$ 610 mil. Participaram da operação 22 agentes da PF e cinco servidores do Ministério da Previdência Social.

   As investigações tiveram início em outubro do ano passado depois que uma servidora do INSS ter denunciado falhas na concessão do benefício. Durante as diligências, a polícia descobriu a existência de uma quadrilha que conseguia a pensão por meio da apresentação de documentos falsificados e efetuava saques fraudulentos. Dois supostos integrantes desse esquema já foram indiciados por saques fraudulentos de seguro-desemprego e um deles foi preso no ano passado ao tentar obter uma carteira de identidade falsa.
Os acusados podem responder por vários crimes, entre eles estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Fonte: G1-MT

“OPERAÇÃO LARANJA LIMA” – Federal realiza operação contra irregularidades em benefícios do INSS


   A Força Tarefa Previdenciária no Estado de Mato Grosso composta pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal deflagrou, nesta quinta-feira (09/05/2013), a Operação LARANJA LIMA, que contou com a participação de 22 policiais federais e 5 servidores do Ministério da Previdência Social, nos municípios de Alto Paraguai, Cuiabá e Várzea Grande.

A Operação visa o cumprimento de 10 mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara Federal em Cuiabá/MT, requeridos pela Polícia Federal, com manifestação favorável da Procuradoria da República, sendo 05 mandados de busca e apreensão e 06 mandados de condução coercitiva.

As investigações tiveram início em outubro de 2012 para apurar denúncia feita por uma servidora do INSS acerca da ocorrência de irregularidades na concessão de benefícios previdenciários da espécie pensão por morte.
As diligências revelaram a atuação de uma quadrilha voltada para a obtenção fraudulenta de benefícios de pensão por morte por meio da apresentação de documentos falsos,  promovendo assim a prática dos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento público e formação de quadrilha.

Dois dos indiciados já foram anteriormente processados sob a acusação de efetuarem saques fraudulentos de seguro-desemprego, sendo que um deles, inclusive, foi preso em flagrante delito no ano de 2012 ao tentar obter outra carteira de identidade falsa, todavia, sua prisão cautelar foi negada mas convertida em condução coercitiva.

Levantamentos preliminares apontaram 08 benefícios com indícios de irregularidade, os quais causaram um prejuízo aos cofres público estimado em R$ 610.000,00 (seiscentos e dez mil reais). 

Todavia, com o cumprimento dos mandados de busca e apreensão espera-se encontrar documentos que apontem a existência de vários outros benefícios previdenciários fraudulentos, possibilitando o Ministério da Previdência dimensionar o real prejuízo causado pela quadrilha.

O nome da operação é uma menção ao sobrenome utilizado pela quadrilha na criação das pessoas fictícias para obtenção de benefícios junto ao INSS.