segunda-feira, 10 de abril de 2017

Vereadores entregam relatório ao Prefeito pedindo apoio para instalação de 03 cursos da Unemat



Centenas de pessoas participaram da audiência pública que aconteceu na sexta-feira (7) na Câmara Municipal de Rondonópolis, onde estiveram presentes vereadores, prefeito José Carlos do Pátio, representantes das instituições de educação, lideranças comunitárias, professores, estudantes, o deputado Vitório Galli e a Frente Parlamentar presidida pelo vereador Thiago Silva (PMDB) e os vereadores Dr. Orestes Miráglia, Carlos Alberto Guinâncio, Silvio Negri, e Adonias Fernandes.

Durante a audiência foi debatido a implantação da Unemat no município e entregue pela Frente Parlamentar presidida pelo vereador Thiago Silva um relatório das visitas com as escolas que possuem espaço para funcionamento da Universidade e entregue ao prefeito um ofício pedindo apoio para funcionamento de 03 cursos no segundo semestre de 2017, entre eles o curso de direito.

O vereador Thiago Silva ressaltou durante o encontro a importância da mobilização social. “Ver esse plenário lotado é uma conquista, a mobilização social é acima de tudo a garantia de que a população entende o seu papel na busca por ser vista e ouvida, todos reunidos mostra força, força essa que resultou na garantia que nossa luta está chegando ao fim, e que seremos contemplados com a universidade,” destacou.

O prefeito José Carlos do Pátio garantiu a população e os vereadores a concretização da universidade no munícipio com a contrapartida da prefeitura para a instalação dos cursos e a viabilização de verba para manter o curso de direito. “Estamos negociando o curso de letras e ciências da computação para nossa cidade, garantimos ao governo do estado a contrapartida do munício para trazer o curso de direito, falta à reunião com o Conselho Superior da Unemat que vai acontecer próximo dia 18 de abril.”

Na sexta-feira (7), aconteceu também uma reunião em Cuiabá com o governador Pedro Taques, Reitora da Unemat Ana Maria Di Renzo e a promotora Joana Maria Bortoni Ninis, sobre a implantação da Unemat, segundo o presidente da frente parlamentar Prol Unemat Thiago Silva a participação do Ministério público nesta luta também é antiga. “Em 2015 protocolamos um ofício ao Ministério Público cobrando a retomada do processo seletivo e a divulgação da nova data do vestibular, que tinha sido suspenso e desde então o Ministério Público se tornou nosso parceiro através da promotora Joana Maria Bortoni Ninis”.




O vereador lembrou ainda que já está garantido no orçamento do município através de uma emenda parlamentar de sua autoria uma parte da contrapartida. “Já temos garantido no orçamento o valor de R$ 500 mil para a instalação da Unemat em Rondonópolis, acreditamos que com essa emenda e mais a garantia do prefeito da contrapartida da prefeitura e as emendas dos deputados, o sonho da implantação da Unemat está concretizada, pois esta foi à exigência firmada no Ministério Público pela Reitora Ana Di Renzo”, concluiu Thiago Silva.

Fonte: Secretaria Legislativa de Comunicação da Câmara Municipal

Endometriose: conheça os sintomas e tratamentos disponíveis




A endometriose acontece quando o tecido mucoso que reveste o útero, denominado endométrio, cresce em outras regiões do sistema reprodutivo feminino

Muitas mulheres em idade fértil não conseguem engravidar por causa da endometriose. Apesar de incômodo, o problema possui tratamento e pode ser solucionado por profissionais especializados. A endometriose acontece quando o tecido mucoso que reveste o útero, denominado endométrio, cresce em outras regiões do sistema reprodutivo feminino.

De acordo com o médico e fisioterapeuta Juliano Pimentel, durante o ciclo menstrual, os ovários produzem hormônios que engrossam a parede do útero (endométrio) para receber o óvulo fertilizado. Caso o óvulo não seja fertilizado, ocorre a menstruação, ou seja, este tecido é despreendido do útero e sai. 

Quando a endometriose afeta os ovários, é chamado de "Saco de Douglas". Os sintomas mais comuns de endometriose são: menstruação dolorosa (dismenorreia) ou irregular; dor durante a relação sexual; dor durante a evacuação; dor ao urinar; sangramento excessivo durante a menstruação; sangramento entre ciclos; digestão dolorosa; prisão de ventre; náusea; dor lombar crônica e dor abdominal; dor pélvica; infertilidade; dor nas articulações; dor nos nervos; fadiga crônica e inchaço. Os sintomas variam de mulher para mulher.

Apesar de a origem da endometriose não ser clara, os cientistas acreditam que há uma forte ligação genética, mas uma coisa é certa: a doença não é contagiosa. Entre os tratamentos disponíveis, estão a melhora da alimentação, com exclusão dos alimentos que causam inflamação, como laticínios, alimentos processados, açúcares refinados, cafeína e carboidratos, álcool e soja, que possuem altos níveis de estrogênio, devem ser eliminados da dieta também, e a inclusão de alimentos que combatem a inflamação, como vegetais de folhas verdes, aipo, beterraba, brócolis, amora, salmão, abacaxi, caldo de osso, nozes, óleo de coco, cúrcuma e gengibre. 

Alimentos ricos em magnésio como abacate, amêndoas, bananas, acelga e espinafre ajudam a aliviar o útero e reduzir a dor e alimentos como fígado, bife de carne, espinafre, gema de ovo, ameixas secas, alcachofra e couve ajudam a repor o ferro perdido nos sangramentos. Por fim, incluir alimmentos com ômega-3, como nozes, salmão, truta, atum, sardinhas, anchovas e cavalas, ajudam a reduzir a inflamação.

Outro tratamento para a dor pélvica disponível é a acupuntura, segundo o médico, que cita um estudo de Harvard que comprova a eficácia do procedimento. De acordo com Dr. Sergio dos Passos Ramos, em certos casos o profissional pode indicar medicamentos ou cirurgias para resolver o problema.

Fonte: SAÚDE DA MULHER

Quando o berço fica no meio da cela: a história de mães detentas


A lei permite que o juiz autorize presas em regime provisório a ficar em prisão domiciliar para cuidar dos filhos menores de 12 anos

A pequena Lorena só existe há um mês, mas já mudou a vida da mãe, a detenta Camila Fernanda de Oliveira Correia, de 26 anos, uma das presas do pavilhão 2 da Penitenciária Feminina de Pirajuí, interior de São Paulo. Nas drogas desde os 15 anos, condenada por tráfico e associação para o tráfico, reincidente, mãe de uma filha de 12 anos que não criou, Camila experimenta pela primeira vez a sensação de dar banho, trocar, fazer dormir e amamentar a "bonequinha". Ela também conta as horas. 

"Deu seis meses, eu sei que vou ter de entregar e ela vai embora. Só me consola ela não ir para adoção. A Lorena vai ficar com minha mãe."

Como ela, outras 11 detentas estão na ala de amamentação do presídio, com bebês de colo ou prestes a dar à luz. Há ainda outras 27 grávidas no pavilhão e todas vivem o drama da separação dos filhos, angústia que ronda a maioria das detentas. Cerca de 70% das 1.460 presas da unidade têm filhos menores de 12 anos; do total, 451 são presas provisórias. A mulher gestante presa tem o direito de ficar com o bebê durante o período de aleitamento materno, de 180 dias, garantido pela Constituição e pela Lei de Execução Penal.

Já o artigo 318 do Código de Processo Penal, alterado pelo Estatuto da Primeira Infância, permite que o juiz autorize presas em regime provisório a ficar em prisão domiciliar para cuidar dos filhos menores de 12 anos, quando não têm outra pessoa que o faça. A lei foi usada em benefício de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, ambos presos provisórios, acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

No caso de Camila, ela já é condenada, mas acha que mesmo assim deveria ter uma chance. "Eu queria uma oportunidade igual à dela (Adriana) para sair e cuidar da bebê e, quem sabe, me aproximar da minha outra filha, Raíssa." A detenta, que estudou até o 2.º ano do ensino médio, conta que não conseguiu cuidar da primeira filha. "Eu vivia na droga e era muito novinha, não cuidei, não amamentei, nunca dei um banho. Minha sogra pegou e criou. Agora vejo que foi um tempo perdido."

Já Jaquelina Francisco Marques, de 23 anos, é mãe de Adrian Miguel, de 2 anos, e Midian Vitória, de 4, e está prestes a dar à luz Aruna Rebeca. Ela não tem companheiro. Na quinta-feira, a gestante esperava a hora de seguir para o hospital. "Estou tendo dilatação, acho que logo nasce. A primeira filha, Midian, eu ganhei aqui, há quatro anos. Tenho também o menininho, de 2, e engravidei quando fui embora (libertada)."

Ela tinha sido absolvida da acusação de tráfico, mas o Ministério Público recorreu e foi condenada a 5 anos. "Queria muito que essa filha nascesse fora, por isso estou com recurso. Como a moça lá do Rio conseguiu, estou correndo atrás." Jaquelina foi presa aos 19 anos, teve a filha na prisão e saiu em liberdade, engravidou e teve o menino. Com o julgamento do recurso, voltou a ser presa, grávida.

A jovem prefere não pensar que terá de entregar a criança aos 6 meses. Desde que foi presa, quase não vê os filhos. "Não aguento ficar longe deles." A mãe de Jaquelina lava carros e ganha R$ 600 por mês, mas está atrás de advogado para tentar tirá-la da prisão. "Minha avó vive da pensão do meu avô e já cuida das crianças. Quando ganhei minha filha, foi ela quem veio buscar. Não tem como falar o que sinto, não tem palavras, ficar longe dos meus filhos é doído demais."

Rotina

Na ala das parturientes e lactantes, cada presa tem sua cela com cama, banheiro, armário e o bercinho. Juliete Laurindo Vieira, de 27 anos, se distrai arrumando as roupas da pequena Sofhia, de 4 meses, para não pensar na separação. Como aconteceu com o filho Artur Henrique, de 5 anos, em dois meses virá alguém buscar o bebê. "O menino está com minha sogra. Sou amasiada, mas o pai dos dois também está preso. A gente caiu no mesmo B.O., que é tráfico. Meu filho veio me ver uma vez só e gostou tanto da bebê que queria levar ela embora."

Juliete está presa há um ano e dois meses e fez o pré-natal todo na penitenciária. "Aqui não é um lugar para ter nenê, mas, pelo menos, ela está comigo. Não me vejo longe dela, não sei como vai ser." Com ensino médio completo, trabalhou sete meses na fábrica de cigarros de palha artesanal para reduzir a pena. "Apelei da minha sentença e espero sair antes, para ficar perto dos meus filhos. Como meu marido está preso, estamos fazendo de tudo para que eu saia."

Ela contou que as presas ficaram revoltadas quando a Justiça autorizou a saída de Adriana Ancelmo. "Muitas aqui não têm a mesma oportunidade só porque a gente é mais humilde. Temos de pagar pelos erros, mas ela também errou e está em casa com os filhos." 

Com informações do Estadão Conteúdo.