Nos bastidores do protesto
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Guilherme Filho/ Jornalista |
A versão Cuiabana do protesto que vem acontecendo em todo o
Brasil foi marcada pela disputa velada entre facções políticas infiltradas no
movimento. A panfletagem apócrifa, a presença de carros de som e a omissão das
TV’s locais não deixaram dúvidas da interferência deles. Como resultado vimos
uma multidão de jovens embalados pela onda nacional, porém alheios aos fatos
que marcam a corrupção em Mato Grosso. Dava para perceber no rosto da gurizada
que, a eles faltava informação. A expressão na face da maioria não demonstrava indignação
e sim euforia por estarem participando de uma mobilização gigante, empolgante e
“que “ainda lhes permitiam protestar contra os políticos”, de forma genérica, é
claro. Alguém poderia perguntar: afinal queria um protesto violento? Claro que
não. Apenas faço o registro de um fato
inquestionável: o movimento de protesto
em Cuiabá nasceu atrelado a grupos políticos. Tem finalidade eleitoral nesse bonde de alienados. Entre os 40 mil
participantes, alguém viu cartazes cobrando alguma coisa do Legislativo
municipal ou dos responsáveis pela onda de escândalos do Judiciário?, alguém
citando fatos lamentáveis como o escândalo dos remédios, a falência do MT Saúde
ou as licitações fraudulentas do prefeito Mauro Mendes? Aliás, o movimento se concentrou na frente da
prefeitura com que objetivo? Respondo: para atender os PS’distas rivais do
prefeito Mauro. Mas em compensação terminaria na Assembleia para agradar PD’tistas
e tucanos, estes com alvos em Riva e Silval. Só faltou combinar com os outros trinta
e nove mil e novecentos jovens que
saíram do faceboock. Alguns raros mais politizados, mas formados na sua maioria
por alienados da internet que vieram para a rua praticar as mesmices que compartilham
na mídia social. Vieram criticar de forma genérica, citando os gastos com a
Copa, os mensaleiros do PT e a homofobia do deputado Feliciano. Sobrou vontade
e desprendimento pela participação que rendeu essa bela fotografia de 40 mil
pessoas na Avenida do CPA. Uma bela demonstração de civismo por parte de
famílias até com crianças, senhoras idosas e alguns servidores da Educação. Mas
faltaram politização e informação na mente, e indignação no rosto pintado de
verde e amarela dessa geração que vai determinar o futuro deste Estado e desse país.
Guilherme Filho – É Jornalista em
Cuiabá
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