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Ailton Lima
Mais uma vez a sanha arrecadatória dos governos estadual e
municipal se faz presente no município de Rondonópolis onde verdadeiras ‘forças
tarefas’ se distribuem diuturnamente em barreiras policiais posicionadas em
pontos estratégicos da cidade com o intuito único e precípuo de arrecadar dinheiro para cobrir
rombos financeiros nas contas do estado.
Mas a pergunta que não se cala é a seguinte: porque essa
perseguição tão ferrenha contra o contribuinte, principalmente num ano
eleitoral? Porque os governos são tão eficientes em cobrar e punir o cidadão, e
tão ineficientes quando se trata de dar as respostas necessárias e cumprir o
seu papel constitucional de prover as necessidades básicas do povo?
Não se tem nenhuma dúvida mais de que o Estado Brasileiro é
verdadeiramente ineficiente, incompetente, perdulário, e irresponsável quando
deixa de atender e cumprir o seu papel constitucional! Como não faz seu dever
de casa, adequando suas despesas às suas receitas, invariavelmente esses
governos incompetentes, perdulários e sem criatividade, optam pela oneração e punição do
cidadão, responsabilizando-o pela sua própria incompetência aumentando impostos
ou melhorando os seus sistemas de cobrança e arrecadação.
No afã de promover seus nomes e os de seus grupos políticos,
acabam violando o princípio basilar constitucional da impessoalidade na gestão
e gastam mal, e mais do que arrecadam criando esses rombos bilionários e aberrações institucionais
que invariavelmente resultam em prejuízo ao bolso do cidadão que carrega a ineficiente
máquina pública nas costas.
E desta feita não está sendo diferente: o governo estadual
usa a máquina de que dispõe, sob a falsa alegação de que 50% da frota local se
encontra com algum tipo de pendência ou irregularidade para fazer essas ações
de arrecadação intimidatória, disfarçada de ação policial preocupada com a
segurança pública. Até porque, em nenhuma destas ‘blitzes’ realizadas até agora, foi apreendido nenhum bandido ou
marginal perigoso, ou procurado da justiça.
Não se pretende aqui defender a desobediência civil de não pagar
as taxas, tributos e impostos devidos ao estado: até porque a própria bíblia sagrada
diz que: “a César o que é de César”...
Mas esse estado ineficiente e seus governantes desumanos e
ai estão inclusos nossos “eficientes e digníssimos” deputados estaduais, federais e senadores”, que bem que poderiam criar mecanismos que facilitassem a vida dos cidadãos
disponibilizando recursos fáceis de se acessar onde pudéssemos parcelar nossos débitos com o governo em 10 vezes por exemplo: isso facilitaria a regularização
da situação financeira do estado, bem como, de nós cidadão que teríamos como pagar e
quitar nossas pendências e ficarmos quites com nossas obrigações.
Mas; e tem sempre um mas; a irresponsável ineficiência pública muito provavelmente
movida apenas pela sanha arrecadadora de querer sempre mais não se importando a que custo; não demonstra o mínimo
interesse em facilitar a vida do cidadão, como se o seu maior patrimônio (o
povo) não passasse de uma máquina autômata, sem vida e sem inteligência,que serve apenas para promover e manter suas benesses.
O pior disso tudo é que além dessa desfaçatez de achar e contar
com a certeza da reconhecida curta memória do povo, ainda comete
irregularidades praticando flagrantes desvios de função expondo os policiais civis e
militares forçando-os a coagir, e admoestar publicamente os cidadãos que por
uma série de razões; e dentre elas destaca-se a grave crise econômica provocada
pelos próprios desgovernos incompetentes (federal, estadual e municipal),
acabam deixando atrasar e pagar seus tributos e impostos.
Na verdade a incompetência desses governos em conter seus gastos
e cortar os desperdícios adequando suas despesas às suas receitas acaba direcionando-os
para o caminho mais fácil e mais usado que é: aumentar impostos e tornar cada
vez mais eficiente a máquina arrecadatória, até para maquiar a sua ineficiência
e competência em gerir de fato e com parcimônia a coisa pública.
Até lá, infelizmente o cidadão continuará sendo extorquido e vilipendiado
por estes desgovernos ineficazes. Mas o que mais intriga nisso tudo é que o
povo permanece calado, passivo, e numa eterna letargia, e não percebe que ele
mesmo (povo) é o único responsável pela manutenção dessas aberrações e mazelas,
pois a cada eleição repete o eterno erro de reeleger esses incompetentes!
Assim,
as coisas nunca vão mudar, pois enquanto persistir a máxima do “Rouba mas faz”...
e a mais recente: “Roubou sim, mas foi para o povo”; nada, mas, nunca vai mudar!
Infelizmente...
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