quarta-feira, 5 de abril de 2017

Associação de Mulheres passa por situação difícil e precisa de ajuda



Assessoria Câmara

A presidente da Associação de Mulheres de Rondonópolis, Sandra Raquel Mendes, esteve na Câmara de Rondonópolis para convidar os vereadores e a população para uma audiência pública para debater a violência contra as mulheres. Ela aproveitou para dizer que, se continuar da forma como está, a casa que abriga a entidade deve fechar por falta de apoio.

Segundo ela, após receber a notícia do fechamento do Recanto Fraterno, propôs ao prefeito uma parceria para atender as mulheres que eram abrigadas pela entidade e que, após o ocorrido, ficaram desamparadas. “Ele não me deu resposta. O vereador Roni Magnani nos ajudou com um engenheiro para fazer um projeto para ampliação da casa, deixando-a apta para abrigar essas mulheres”, explicou.


Sandra Raquel disse ter buscado recurso financeiro junto aos deputados estaduais e a visita à Assembleia Legislativa rendeu bons frutos. “Fomos na Sala da Mulher, na AL, e lá recebemos o apoio da presidente, Sônia Botelho. Uma equipe veio à Rondonópolis para uma gravação conosco e, no dia 15 de abril, acontece um evento na Capital, organizado por eles, onde a verba será revertida para nossa entidade. Pretendo usar este recurso para as obras de adequação na nossa casa de apoio e, a partir daí, atender nossas mulheres que precisam de apoio”, explicou.


Segundo a presidente, a falta de apoio do poder público está dificultando o trabalho da associação. “Estamos regredindo. A clínica da mulher, fechou; o PAF já não existe mais; o atendimento de acolhimento, já não acontece mais; as delegacias, inclusive a da mulher, atende somente meio período. E os órgãos de fiscalização não atuam, não cobram”, lamenta.

ÚLTIMA TACADA

Uma audiência pública foi marcada para segunda-feira (10), às 19 horas, no Plenário da Câmara de Vereadores, onde serão apresentados os índices e os motivos da regressão nas causas relacionadas às mulheres. “Por parte dos órgãos fiscalizadores há deficiência e a associação vai trazer todos esses dados. Mais uma vez a Câmara tem 21 cadeiras preenchidas por homens, sendo que havia bons nomes femininos para ocupar o cargo. Atribuo isso à falta de união e pensamentos machistas das próprias mulheres. Se não mudar o pensamento machista, não vamos chegar a lugar algum. União é importante para que haja o reconhecimento do poder público. Por isso conclamo as mulheres para participarem desta audiência. Para nos ajudar nesta luta”, concluiu.

Nenhum comentário: