quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Políticos desconsideram recado das ruas por renovação



Ailton Lima

Não é de hoje que a classe política vem se distanciando e virando as costas para a vontade do povo, para o clamor das ruas! Nas ultimas eleições a altíssima abstenção, os votos brancos e nulos e o não comparecimento às urnas, aliado à vontade de renovação, foi um recado muito claro para a classe política de que alguma coisa precisa ser mudada urgentemente, e que o modelo utilizado de decidir as coisas de cima pra baixo, sem a consulta popular está ultrapassado.

Na verdade o recado começou a ser dado em 2012, quando o TSE – Tribunal Superior Eleitoral registrou um índice de abstenção, votos brancos e nulos, da ordem de 26,3% do eleitorado.
Como o recado não foi ouvido e as mazelas e desmandos continuaram a ser feitas, o recado endureceu e em 2016 o índice de negação do modelo em uso chegou a 32,5%.

Aqui em Rondonópolis, quase um terço do eleitorado, ou seja: 36 mil eleitores mandaram seu recado claro e transparente de que não estão satisfeitos com os políticos, e muito menos ainda, com as suas práticas.

A renovação de 52% na Câmara Municipal foi outro recado claro! O povo queria e quer renovação! Mas não basta trocar seis por meia dúzia! Essa renovação, essas mudanças tem que ser feitas não apenas na troca das peças do tabuleiro do jogo político. O povo quer mudança de atitude, de comportamento! Quer sobretudo, comprometimento!

As velhas práticas do uso da máquina em proveito próprio ou de grupos, está com os dias contados. O povo já se cansou delas e de quem as usa!

Como a classe política vem fazendo ouvido de mercador para o clamor das ruas, e a justiça, omissa e lerda como uma tartaruga de chuteiras não cumpre o seu papel, o próximo recado em 2018, vai surpreender e desagradar muita gente que não ouviu ou não quis ouvir o recado das ruas.
O povo é soberano! E já está acordando e reconhecendo a força que tem o seu voto. A tentativa estranha de acomodação política no legislativo municipal, não vem agradando a população que já se manifesta pelas redes sociais, e os políticos continuam a ignorar esse detalhe.

Na verdade o tecido social brasileiro está esgarçado por anos a fio de desmandos e práticas nefandas aos interesses públicos, onde apenas ‘os amigos do rei’ tem privilégios, e ao povo cabe apenas a árdua tarefa de pagar a conta destes desmandos.

O povo está de olho em tudo, e está acompanhando com muita atenção as movimentações da classe política. O recado dado nas ruas era por mudanças! Mas mudanças concretas, reais, radicais!


O povo não quer mais pessoas inidôneas ou de passado comprometido à frente dos seus interesses. O poder legislativo, bem como o executivo, parecem não estar dando ouvidos às ruas, e deveriam ficar mais atentos. Sob pena, de em 2018, o recado ser ainda mais duro que nas duas ultimas eleições; e aí sim, fazer valer a força da sua vontade. 
O povo é soberano! E sua vontade é lei, tem que ser respeitada!

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