quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DEU RUIM: Ciclo-faixa gera expectativa e frustração devido à má qualidade da obra


Ailton Lima
O que foi anunciado como a redenção dos problemas de segurança para os praticantes do ciclismo em Rondonópolis, acabou virando piada nas redes sociais e causou muita frustração entre os atletas beneficiados, devido à má qualidade da obra orçada em R$ 75 mil.
Inicialmente, o anúncio causou expectativa entre os praticantes do ciclismo que lutavam há mais de três anos pela ciclovia, e depois frustração.
Os 16 km de ida e volta da Avenida dos Estudantes (antiga MT-270), entre o final da Avenida Fernando Corrêa, na entrada da cabeceira da nova ponte, até a rotatória da Universidade Federal, foram entregues esta semana e desagradou a todo mundo, principalmente os ciclistas que deverão ficar ainda mais expostos a perigos de acidente, devido a falta de qualidade da obra.
Na verdade, foi feita apenas a pintura de uma faixa nas margens esquerda e direita da via pública, sem no entanto, proceder as modificações necessárias, como alargamento da faixa, recuperação dos buracos no pavimento, meio fio e limpeza.
Na verdade o que foi anunciado como um benefício, acabou evidenciando mais um desperdício de dinheiro público, numa obra de qualidade e eficiência duvidosas.
O presidente do CONSEG da Região Central Valdir Farinha, se manifestou nas redes sociais e na imprensa e denunciou que a obra da ciclo-faixa não oferece segurança nenhuma aos ciclistas; pelo contrário disse: “Se um ciclista usar a ciclo-faixa do jeito que se encontra coloca a sua segurança em risco, pois está desnivelada e cheia de buracos. Se eu fosse gestor público teria vergonha de apresentar uma obra dessa natureza. Da forma que está não aconselho ninguém a usar a ciclo-faixa”, reclamou.
CADIDÉ
Nesta quarta-feira (23) o vereador Aristóteles Cadidé, também se manifestou a cerca da obra e teceu severas críticas da Tribuna Livre.
O vereador questionou a qualidade da obra, que segundo disse, toda obra pública requer planejamento, não apenas a nível de projeto, mas sobretudo, previsão orçamentária e financeira. “O que a população esperava é que fosse construída uma ciclovia ou ciclo-faixa, que atendesse às suas necessidades com o mínimo de segurança possível para os usuários que se utilizam do referido espaço entre a Lions e a rotatória da UFMT”.
Cadidé reiterou que ao longo da ciclovia, muitos trechos são muito estreitos e em vários locais o pavimento está deteriorado carecendo de outras obras estruturantes, bem como, não tem meio fio.

Falando sobre a discussão com Fabrício Miguel Correa Secretário de Transporte e Trânsito, nas redes sociais, Cadidé esclareceu: “Parece que o secretário não gostou da nossa crítica, mas nós estamos contextuando apenas o que a população está dizendo. E nós enquanto representantes da população não podemos apenas concordar com o secretário. Nós o parabenizamos pela iniciativa, mas para ser considerada uma ciclovia mesmo em caráter experimental, ainda falta muita obra, muito planejamento e muito investimento. Quando nós criticamos, nós estamos fazendo com o intuito de mostrar o que pode ser melhorado. Agora se não tem recursos a gente entende que pode até ser deixado para outro momento. O que não pode é receber uma obra entregue como ciclo-faixa ou ciclovia, sendo que na realidade não existe a ciclo-faixa.”, ressaltou
O líder do prefeito vereador Fábio Cardoso que anunciou a obra na Câmara no final do mês passado, se defendeu na Tribuna Livre nesta quarta-feira (23), afirmando que a verba de R$ 75 mil inicialmente destinada  à ciclo-faixa, foi cortada e foi o que deu para fazer. Sobre os buracos e irregularidades no pavimento, ele disse que iria ver com a CODER, para ver o que será possível fazer.

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