quinta-feira, 31 de outubro de 2013

"EM GREVE" - Federal cruza os braços por mehores condições de trabalho


A Polícia Federal em Mato Grosso realiza uma paralisação nesta quinta-feira (31) para mostrar os problemas que a classe enfrenta. A maior reclamação da classe é quanto à falta de efetivo. No Estado são 332 policiais, sendo que, para suprir a demanda seria necessário cerca de 700 policiais.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso - SINPEF/MT, Erlon José Brandão de Souza, relata que se depender do Governo Federal a Polícia Federal ficaria parada por tempo indeterminado, devido ao desinteresse de investir na classe e na contratação de novos policiais.

Erlon explica que para conter a entrada de drogas em Mato Grosso, nos quase 800 quilômetros de fronteira com a Bolívia que é considerada um dos maiores produtores de cocaína do mundo, são somente 44 efetivos entre eles agentes, delegados, papiloscopista e a polícia.

O representante do SINPEF conta que a fronteira da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu que faz divisa com o Paraguai, o número de policiais é duas vezes maior do que em todo Estado. “Isso é uma falta de consideração com Mato Grosso que faz divisa com a Bolívia. 

O Governo é omisso com relação à entrada de drogas no país. Qualquer um sabe que o país vizinho é um dos maiores produtores de drogas do mundo.Não é fácil conter o tráfico, toda vez que descobrimos uma rota do tráfico, em seguida são feitas outras rotas. É impossível conter a entrada de entorpecentes com este número de efetivo. Sem falar que as estruturas de equipamentos utilizados nos trabalhos são precárias” relatou.

A Federação Nacional dos Policiais Federais e os Sindicatos afiliados da classe por meio de cartaz faz um apelo às autoridades. “O sucateamento assombra a nossa instituição a desmotivação é grande, o número de policiais no atendimento à população só diminui e muitos profissionais abandonam a carreira”.

Reivindicações

Os Policiais Federais reivindicam melhores instalações de fronteira no combate ao crime; reestruturação do Departamento de Polícia Federal; polícia contemporânea e eficiente; aumento do numero de efetivo policial; amparo psicológico; plano de carreira; valorização dos EPA´s (Escrivães, papilocospistas e agentes); fim de perseguições e do assédio moral; fim da evasão dos policiais federais; gestão de recursos humanos moderna; meritocracia e valorização da experiência e do conhecimento. A paralisação é nacional.

Atualmente a PF conta com uma Superintendência em Cuiabá e quatro delegacias situadas em Rondonópolis, Cáceres, Barra do Garças e Sinop.

Fronteiras ficarão desprotegidas

A reportagem questionou o representante sobre a paralisação geral da categoria que num período de 24 horas deixarão as “portas” das fronteiras abertas para o tráfico de drogas.

O representante da categoria respondeu que é necessária esta paralisação para melhorar a fiscalização diária da entrada de drogas no país.
“ É um modo de chamar a atenção do Governo para que olhe para a classe que necessita de investimentos urgentemente”, finaliza.
 Fonte: 24 Horas News

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