quinta-feira, 10 de maio de 2012

"LIBERTADO" - Justiça concede alvará de soltura a engenheiro do Sanear


    O engenheiro ambiental do Serviço Ambiental de Rondonópolis (SANEAR) Hermes Ávila de Castro, preso pela PJC na tarde de ontem (9), acusado de crime contra o meio ambiente, depois que o Sanear despejou milhões de litros de dejetos “in natura” nas águas do Rio vermelho, foi liberado agora à noite por força de um alvará de soltura expedido pelo juiz de direito Leomir Lidio Luvison.

O advogado Algacyr Júnior, que representou o engenheiro na petição ao poder judiciário justificou a suposta ilegalidade na prisão de seu cliente e o magistrado entendeu os argumentos, concedendo o alvará ao engenheiro preso.

No despacho ao pedido de relaxamento da prisão também foram levados em consideração que o réu é primário, tem bons antecedentes, tem ocupação e endereço definidos e não representava nenhum risco à sociedade a sua libertação.

Segundo o advogado, o juiz também teria considerado que diante da situação não poderia imputar responsabilidade ao engenheiro Hermes pelo crime ambiental, tendo em vista que o poder de decisão cabe aos seus superiores.“A polícia prendeu uma pessoa que deveria servir como testemunha, ou seja, para prestar esclarecimentos”, disse o advogado.

Por ter formação de nível superior, e na cadeia publica local não haver instalações adequadas para presos provisórios com estas qualificações, o engenheiro foi mantido por mais de 24 horas, nas dependências do Cisc, enquanto seu advogado representava pela sua libertação junto ao poder judiciário local.

Em entrevista à imprensa assim que deixou o Cisc para ser encaminhado ao Instituto médico legal (IML), para um exame de corpo de delito, exigência legal a necessária para a sua libertação. Hermes revelou que estas foram as 24 horas mais desgastantes e difíceis de sua vida, e que ao contrário do que foi dito na imprensa, ele é um profissional comprometido com o meio ambiente.

“Quem me conhece sabe que sempre trabalhei pela causa ambiental e para isso também voltei para Rondonópolis. Sem entrar agora nas questões técnicas é meu sonho ajudar a terminar a estação duplicada e o aterro”, concluiu brevemente.

Conforme a polícia, quanto aos demais diretores, Terezinha Silva Souza (presidente) e Júlio Goulart (Diretor Técnico), que ainda estariam sendo procurados, o juiz negou pela segunda vez o pedido de prisão contra os mesmos.
 

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