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Dagmar Parini, |
Ailton Lima
O vereador Dr. Orestes Miráglia (Solidariedade), apresentou
nesta quarta-feira (20) durante a realização da 36ª Sessão Ordinária da câmara
Municipal, um Projeto de lei denominando de Dagmar Parini, as dependências do Saguão
de Recepção/Espera do aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco.
Na justificativa do Projeto o vereador, externou os
relevantes serviços prestados pela pioneira
gaúcha, poliglota fluente em cinco idiomas, que chegou a Rondonópolis em 1958 acompanhada do marido, o
pecuarista e piloto aéreo, Giuseppe
Parini, vindos do norte do Paraná. Aqui, envolvida com as atividades do
marido/piloto, Dagmar acabou se interessando pela aviação e em 1971,
capacitou-se, tornando a primeira mulher Rondonopolitana e Mato-grossense a ser
“brevetada” tendo alçado a condição de piloto privado.
Dagmar também foi uma das primeiras mulheres a pilotar avião
no país. Isso porque naquela época, a aviação civil ou militar de uma maneira
geral, era praticada e exercida especificamente por homens. Cabendo às
mulheres, tão somente as funções de comissárias e ou atendente de vôos.
Como o casal veio para Rondonópolis para o exercício de uma
atividade laboral de abertura de fazenda, mais especificamente a Fazenda
Taiamã, na região do Pantanal.
Como naquela época, não somente o estado, mas todo o país
careciam de infraestrutura, como estradas entre outras. Por esta razão, a
aviação civil era muito utilizada para o transporte não apenas de pessoas mas,
sobretudo, de materiais e mercadorias.
Dagmar chegou a auxiliar o marido no translado de dois aviões
dos EUA para o Brasil, adquiridos pelo empresário Geovanni Lanci dono da
Fazenda Taiamã. Além de personalidade forte e carisma pessoal, Dona Dagmar era
uma benemérita social.
Sua iniciação na aviação civil acabou destacando e honrando a
cidade de Rondonópolis e o Estado de Mato Grosso, pela primazia de ser uma das
primeiras mulheres piloto aéreas do país.
Em sua propositura o vereador procurou resgatar uma história
impar de Rondonópolis e do estado, fazendo justiça a uma mulher pioneira,
determinada que tinha atitudes modernas e muito a frente do seu tempo.
“Dona Dagmar foi sem sombra de dúvidas uma mulher a frente do
seu tempo e um orgulho para todos nós rondonopolitanos, mato-grossenses e
brasileiros. Imaginem há 46 anos uma mulher pilotando um avião e transportando
mercadorias e pessoas? E nós tivemos uma aqui, numa época em que quase tudo era
oficio designado ou competência masculina, uma mulher a frente do seu tempo”.